Mudanças entre as edições de "Godofredo Rangel"

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http://www.unincor.br/images/arquivos_mestrado/dissertacoes/danyelle_marques_freire_da_silva.pdf;
 
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http://godofredorangel.blogspot.com.br/;
 
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Edição das 10h09min de 19 de outubro de 2016

O escritor José Godofredo de Moura Rangel, patrono da cadeira nº 34 da ACLAC, nasceu em Três Corações no dia 21 de novembro de 1884. De 1884 a 1886 residiu em Silvestre Ferraz (hoje Carmo de Minas). Com a morte do pai, mudou-se para São Paulo, onde viveu de 1886 e 1902, graduando-se na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, hoje Faculdade de Direto da Universidade de São Pulo (USP). Nessa época, mediante as dificuldades financeiras da família, começou a trabalhar como escrivão de subdelegacia em um Posto Policial, em 1902. Em um de seus plantões conheceu o jovem poeta Ricardo Gonçalves.

Rangel foi transferido, algum tempo depois, para o Belenzinho, onde alugou um chalé, na Rua 21 de Abril, endereço que ficou conhecido como “Minarete”, uma república de estudantes, onde conheceu Monteiro Lobato, Lino Moreira, Tito Lívio Brasil, Albino Camargo, Cândido Negreiros, Raul de Freitas e José Antonio Nogueira.

Em 1903 começou a se corresponder com Monteiro Lobato. Dessas cartas surgiria o livro A Barca de Gleyre. É nesse ano que surge, também, o jornal “Minarete”, de Pindamonhangaba, de propriedade de Benjamim Pinheiro, que durou até 1907, e vários integrantes do grupo se iniciaram nas letras nesse jornal.

Em 1904, Rangel se mudou para Campinas, onde lecionou no Instituto Cesário Mota, célebre educandário da cidade, hoje extinto. Ainda em 1904 retornou a Minas Gerais e fixou-se em Silvestre Ferraz, atual Carmo de Minas, onde lecionou. Conheceu José Fernandes, diretor do Colégio, que inspirará um de seus maiores personagens, no livro Falange Gloriosa. Ali iniciou o namoro com a futura esposa.

Em 1906, já bacharel, casou-se com Bárbara Pinto de Andrade, que conhecera em Caldas. Em 1907 foi nomeado Promotor Público de Cambuí (MG), resignando ao cargo sem conhecer a comarca. Visita Monteiro Lobato, então Promotor Público em Areias, no Vale do Paraíba (SP). Em 1909 ingressou na Magistratura e foi nomeado Juiz Municipal do Machado (MG), local que retrataria em passagens do romance de estreia. Em 1917 publicou os capítulos do romance Vida Ociosa, no “Estadinho” (edição vespertina do Estado de São Paulo), toda a Falange Gloriosa, em rodapé, e os contos de Andorinhas. Publicou ainda a gramática Estudo Practico de Português.

Em 1918, deixou Santa Rita do Sapucaí (MG), para onde havida sido removido. Promovido a Juiz de Direito, serviu em Estrela do Sul, Três Pontas e Passos, lecionando sempre. Em Sapucaí, visando melhorar a receita, foi contador de uma usina elétrica.

Após muita persistência dos amigos, Rangel consentiu, em 1920, na publicação de Vida Ociosa em livro, com edição da Revista do Brasil, de Monteiro Lobato & Cia. Editores. Em 1922 publicou seu primeiro livro de contos, Andorinhas, pela mesma editora; em 1929 publicou A Filha, uma narrativa romântica, em edição da Imprensa Oficial de Minas Gerais.

Os romances Falange Gloriosa” e Os Bem Casados foram publicados postumamente em 1955. Rangel traduziu cerca de 70 obras, muitas delas publicadas por Lobato na Companhia Editora Nacional.

Em 1937 aposentou-se como Juiz de Direito de terceira entrância, titular da comarca de Lavras (MG), e foi residir em Belo Horizonte. Em 1939 foi eleito para a Academia Mineira de Letras (AML), ocupando a Cadeira número 13, cujo patrono é Xavier da Veiga e fundador Carmo Gama.

Monteiro Lobato

Em 1943 lançou dois livros infantis, Um passeio à casa de Papai Noel e Histórias do tempo do onça, ambos pela Companhia Editora Nacional, de São Paulo. Em 1944 publicou o segundo livro de contos, Os Humildes, pela Editora Universitária, de São Paulo, com prefácio de Monteiro Lobato.

Em 1944, Lobato publicou a primeira edição de A Barca de Gleyre, englobando a correspondência entre ele e Godofredo por mais de 40 anos, de 1903 até 1948. Rangel recusou-se terminantemente a publicar suas cartas, alegando que elas não possuíam outro mérito além de provocar excelentes respostas de Lobato. Anos mais tarde o segundo volume de A Barca de Gleyre foi publicado, novamente com o habitual silêncio de Rangel.

Em 1948 faleceu Monteiro Lobato, e Rangel publicou dois belos artigos lembrando o companheiro de toda a vida. No dia 4 de agosto de 1951, três anos após a morte de Monteiro Lobato, Godofredo Rangel faleceu em Belo Horizonte, aos 66 anos, vítima de uma enfermidade que há muito o rodeava. Muitos dos seus amigos do “Minarete” já haviam falecido. Foi sepultado em 5 de agosto no Cemitério do Bonfim, na Capital mineira.

Em 1955 foram publicados, em edições póstumas, os romances Falange Gloriosa e Os Bem Casados, ambos pela Melhoramentos. Os livros de Godofredo Rangel aqui mencionados se encontram disponíveis na Biblioteca da ACLAC.

Referências:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Godofredo_Rangel;

http://divirta-se.uai.com.br/app/noticia/pensar/2013/04/27/noticia_pensar,141929/irmaos-de-alma.shtml;

http://www.unincor.br/images/arquivos_mestrado/dissertacoes/danyelle_marques_freire_da_silva.pdf;

http://godofredorangel.blogspot.com.br/;